Pensatempo

Data 24/08/2009 03:34:42 | Tópico: Poemas

Nada aparece do nada
E há preguiça no que o tenta.
Mesmo após anos guardada
Uma semente rebenta.
Nasce na terra molhada
A raíz que a sustenta
E a planta cresce lenta
P'ra ficar iluminada.

Vem a noite em cada dia
Adormecer cada hora.
As estrelas de vigia
Mostram que algo no céu mora.
Sobe o mesmo Sol que havia
Antes da luz ir embora
E o dia aceso demora
P'ra fazer-nos companhia.

Sopra frio um forte vento
Logo antes da bonança.
Em ciclos avança o tempo
Abrindo espaço à mudança.
Da nuvem do pensamento
Chove em gotas semelhança
Com as voltas desta dança
De passar mais um momento.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=95933