Marginal

Data 15/06/2007 23:25:46 | Tópico: Sonetos

Durante muito tempo acreditei
Ter entregue, o meu amor, à reclusão
Tempo perdido, ido, agora eu sei
O amor jamais se prende ao coração

Nem ao meu, nem ao teu, ao de ninguém
E apesar de ecoar a dor sofrida
Pelas celas, já vazias, mas de quem
Esteve nelas prisioneiro toda a vida

Eu acredito, piamente, que serei
Destes ecos, novas grades, libertado
Fui por becos de inverdades condenado

Marginal que não escapou à brava lei
Mas hoje, hoje dou-me como culpado
Amo-te e amar-te-ei sem ser amado.


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