Carta 8

Data 24/08/2009 23:28:25 | Tópico: Mensagens -> Amor


Do meu quarto que já não é mais somente meu.



Raison de mes pensées,





Desde já amado, peço-te perdão. A rotina foi traiçoeira desta vez e não pude comparecer à biblioteca, o que o causou-me um desconforto tamanho, pois não tive tuas palavras que são tão minhas. A saudade chegou ao meu peito como dor das últimas horas de um moribundo. Sofri amor, sofri... Agora meu peito saltita de felicidade, pois encontro aqui neste mesmo livro tua carta com vincos perfeitos e aroma de palavras novas.



Antes de abri-la, chego-a junto ao meu peito e num suspiro profundo faço-te sentir junto a mim. Decorrer meus olhos sobre estas linhas é o mesmo que ver o amor materializado. Confesso amado, tenho tido vontades incontroláveis de saber sobre ti, sobre quem és de fato. Tu dizes que me espreita quando na biblioteca estou, por certo, tens reparado meus olhos ariscos que te procuram por entre estes labirintos do conhecimento. Penso que, sorri ao me ver como criança à procura de outra que brinca de esconder-se.



Ao ler agora, tua instigante carta, questiono-me do quanto sou ingênua, pois nunca notei tua presença. Sei que há tempos tu me sondas e de longe ama em silêncio, assim mesmo tu me disse. Preciso saber desse amor entre teus lábios e senti-lo em meus braços. Amour, não sabe o bem que me fizeste, meus pensamentos são todos teus, minhas horas já não são horas, pois tento desfazê-las. Sinto o aconchego sublime de tuas asas sobre mim. Tu és anjo, não há como negar, tens me levado ao céu por diversas vezes. Sou a mais feliz entre todas as mulheres, pois tenho de ti o amor em toda a sua essência.



Veio com o vento a lettre escondida, a primeira. Peço-te outra.





De quem te ama em desespero.





Sempre tua,





Jolie





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