
EQUIDISTANTE
Data 25/08/2009 23:19:17 | Tópico: Poemas -> Introspecção
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O que antes era um sorriso meu agora tornou-se escárnio, sempre que atrevo olhar-me no espelho.
E há uma loucura latente em cada movimento, que ouso pôr em prática ou julgo ousar, em complacência para comigo.
E o vómito acomete contra a minha figura desmesurada entre o absinto e os cigarros e os comprimidos.
Onde raio a porta aberta? Onde, onde correndo para a liberdade, de ignorância e precipitação, deixei eu a porta descerrada, na pressa de crescer?
E tu felicidade, que zombas de mim, equidistante, a todo o instante, deixa-me que te diga, ser feliz é contrariar a sorte!
Por isso não és tu, para que saibas, quem me preocupa tanto assim.
Jorge Humberto 24/08/09
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