O ESCRITOR E SEU LUGAR

Data 28/08/2009 20:52:14 | Tópico: Poemas




Entre a luz turva que atravessa a cortina, os objetos imóveis obedientes se mostram amigos íntimos.
Servil mobília que preenche o cercado de paredes mudas, entre um ar impar, impregnado do aroma dos livros e tecidos esmaecidos cheios de pó do tempo...
Nesse canto comum, o escritor habita e cria mundos, chora amores, mata e morre todos os dias.
E nesse claustro eleito, a mobília fria fica como fiel testemunha do nascimento das idéias brotadas do coração do seu dono que anseia esse refugio tão seu.
No amparo dos móveis o escritor habita seu pequeno mundo que o satisfaz e lhe dá sossego quando na candura dos papeis se derrama todo seu pensamento em ondas da imaginação.


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