MIMESE

Data 28/08/2009 21:59:58 | Tópico: Poemas


desfio todos os momentos sem fracção de tempo que me cabe no pensamento...cada um mais irreal que outro.

despenteio todas as palavras feitas brumas nos demais, mas que me acalentam as águas lisas onde desliza o fino junco da chegada.

neste véu de elegias caem lagos decompostos, putrefactos de ombros impuros e penso toda a filosofia direccionada sem limites a demarcar
reflexo de reticências indefinidas.

chegam-me todos os sons, lágrimas degelos em pedras roladas sem adjectivos a decompôr, canto lirico em demanda duma mimese sem retórica a partilhar.

amasso cada poema com a dor incógnita deste meio tempo, imposto no corpo inteiro, prosa sem contexto, infleccionada num Imperfeito de Delicadeza onde desenho todos os átomos num Condicional sem nadas.

Eduarda


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