
O ALIENÍGENA
Data 29/08/2009 19:57:13 | Tópico: Poemas
| O grito fanhoso do lenho arbóreo, Assusta o poeta da cidade.
As belezas da flor concupiscente, Maldizem meu espanto novidadeiro.
As águas barulhentas da cascata, Inervam os músicos dos tapumes.
O amor curioso Do bicho do mato, É confundido com a cilada Do salteador noturno E chamuscado na pólvora do engano.
Nas carnes podres do abutre, O vômito do civilizado corrompido.
A paixão selvática horroriza O mundano urbano. Urge que até as feras Submetam-se, A moral das urbes.
O alienígena A pena fornece, Aos criminosos Expostos no manual De zoologia instrumental.
A chuva cai. Recolhe-se o homem, A tranqüilidade da alvenaria, Na esqualidez do riso, Desdenha os que só na folhagem Encontram proteção Contra o libelo tempo.
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