
Quando vejo uma porta aberta tenho medo
Data 31/08/2009 11:30:03 | Tópico: Poemas
| deixa-me cair onde é fundo, no âmago da tua nova existência no vértice mais alto da apocalíptica emoção sem rosto, sem penas,transfigurada ansiando a osmose mítica da erupção.
chegar a um caído céu rubro pelo líquido genital explida lama da narina luciferina, base de inesperadas explosões – Genésico Imaginada, a azuis respiração.
é que encontrei esta pena negra, dorme serena na palma da minha mão. e de todas as maneiras que digo: Voa! é tua voz que escolho.
é que quando ela voa faz-me cair... liberta criaturas devolvendo-lhes o sentido, outro, dos poros ainda virgens da alma.
deixa-me cair no teu fundo partir do efémero e do vulgar. captar o toque da morte, porque a morte é uma espécie de eterna cura.
Não sabes a sorte que tens!
a morte faz-nos descer aos céus de onde nunca deveríamos ter saído e que nunca deveríamos ter pisado com os pés.
deixa-me cair no teu fundo deixa… mas, não acendas as luzes. é que quando vejo uma porta aberta, sabes? tenho medo!
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