REENCONTRO

Data 01/09/2009 17:55:33 | Tópico: Poemas


REENCONTRO

Bati à porta de mim
Auscultando o meu sentir
O que me perturba o ser

Ninguém me abriu a porta
Qual natureza morta
Alheia àquilo a que vim

Insisti no meu bater
Até a mão me doer
Bati com frenesi

Tanto foi o meu bater
Que me cheguei a comover
A ter pena de mim

Abriu-se-me por fim a porta
E da natureza morta
Ouviu-se uma voz sonante

Era voz que vinha de longe
O timbre vero de um monge
De um mundo irreal

A verdade que eu procurava
Perseguia mas não achava
Acerca-se de mim afinal

Essa voz inebriou-me
Trazendo-me ressonâncias
De vivência distante

Falou-me do amor de antanho
Do calor que ainda amanho
Num recordar que é viver

Voltando na vida a sonhar
Quero sentir, desejar
De novo me cruzar
Com o inefável que é amar.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=97266