Cego de amor

Data 02/09/2009 01:18:38 | Tópico: Poemas

Em dia vulgar,
o segundo querendo passar,
sento-me, deixando-o guiar,
a minha vontade,
todo o meu pensar,
tempo não pára a meus pés,
mas vejo-o chamando por ti,
uma, e outra vez,
e ficando boquiaberto,
sinto no peito um desacerto,
não me guio,
e perco-me num rio,
que me prende em fundo,
e assim me desvenda o mundo,
um desenho,
que não vi nem em sonho,
essa água fria,
que me entristece,
me desvia,
e me desvanece,
em mais uma noite que passa,
e me deixa a mente escassa,
de ideias e tudo,
e de luto,
fico cego e sem ver,
um amor que procuro viver.


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