DIZ-ME

Data 02/09/2009 05:31:02 | Tópico: Poemas

Diz-me cavalo selvagem de garranas ao vento
Que eras livre e indomável como o pensamento
Não tinhas rédeas, nem peias até ao momento
Porque. te deixaste tu prender pelo sentimento

Pergunta ao amor, pois foi ele que me prendeu
Pergunta-lhe, como foi que tal coisa aconteceu
Porque até ao meu pensamento pergunto eu
Ou pergunta-lhe a ela, porque sou dela e só seu

É ela que me chama selvagem, e meu cavalinho
Me cavalga e me esporeia bem de mansinho
É ele que me conduz e me indica o caminho
Pergunta-lhe porque me trata com tanto carinho

Pergunta-lhe, porque a levo por vales e montes
Por serras e ravinas, por regatos e pontes
Pergunta-lhe, o sabor das águas das fontes
Ela te dirá, que só eu a faço ver tais horizontes

Pergunta-lhe porque me chama de seu amor
Porque eu lhe ofereço todos os dias uma flor
Porquê, o nosso amor é um arco-íris de cor
E de cavalo selvagem não perdi o meu fulgor

E se ela nada te disser, digo-te eu, meu amigo
Pois partilhei sempre, mas sempre tudo contigo
Ouve bem e, nunca esqueças o que agora digo
Melhor é ser preso pelo amor do que pelo inimigo



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=97361