Sopro da Morte

Data 03/09/2009 03:38:09 | Tópico: Prosas Poéticas

Sopro da Morte
by betha M. Costa

Cheguei a uma encruzilhada da vida. Em total falta de respeito às crenças, Deuses e Orixás, profanei os Ebós (oferendas). Comi a galinha assada com farofa. Entornei a pinga. Levei as flores para enfeitar o vaso da varanda. Deliciei-me com as frutas e o mel no café da manhã. Na noite imediata, quando deitei para dormir, a morte assoprou nos meus ouvidos que breve me viria buscar. Sem fé que me segurasse o terror voei em piruetas no seu bafo pútrido e frio até cair no chão e quebrar a coluna mestra das minhas certezas. Braços abertos, presa numa cruz invisível, eu espero cada instante que tal hora chegue... E nada posso fazer!





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=97495