Solidão

Data 17/06/2007 22:57:04 | Tópico: Sonetos



Alma como trapo ao vento.
Dor de campos que já foram floridos.
E ver secar cada rosa que abriu.
Ver cair a solidão e o tempo.

Lago de hortências
Desamparo de coração.
Solidão que acompanha e se faz sombra
em um dia de luz, numa noite de luar.

Multidão, vozes que soam indefinidas.
Olhos que se cruzam, braços que se abraçam.
Beijos apelantes de Judas se estilhaçam,
numa alma que se arrasta ferida.

Esperança sobe ao céu, dá voltas ao mundo.
Desce os mares, atravessa oceanos,
reflete no azul uma cor sem sentido.
Solidão que aflora na pele e vem lá do fundo...



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