POEMA 2 e 3

Data 18/06/2007 11:28:09 | Tópico: Poemas

POEMA 2
|...|

À tua imagem
Uma lembrança de um poeta
Jovem decrépito
À tua margem
Solitária estrela das noites sem fim
À tua honra
Amargo ser em exílio de ti
Vela com o beijo-peçonha, o vínculo.
...
De uma lágrima guarnecida,
O vinho tinto, a luva fina de algodão
e o dedo da criação.



POEMA 3
...
O que corrói
é a inquietude
O que destrói
é a ideologia e a virtude
O que dói
é que não vês o golpe,
só, porque, o poema é vesgo
- que brota com rapidez -
Eis a vida trancada.
Nenhum homem vigia sempre,
Porque nenhuma casa espia sempre.
Nem um man vive solitariamente sempre.
...
[O Poema não exala, apenas arranca
........................................ não sente, muito
.......................................................... menos],
é capaz de cogitar.
Ou ser um 'res cogitans', ele se projeta.

[Davys Rodrigues de Sousa]



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=9777