Muito

Data 05/09/2009 21:37:42 | Tópico: Poemas

Muito, é demais,
é grande, imenso, excessivo,
sobra e passa dos finais,
diz-se de abusivo
e fruto de crivo permissivo.

Muito, diverge dos iguais,
foge às bermas,
excede vontades ermas,
é muito mais que mais.

Mas também...

Muito, é de desejo,
de dar tudo por um beijo
de não frustrar o almejo,
é de não querer esperar
por vez de entrar
numa impaciente falta de ficar.

É muito...
e nunca chega!
Muito não é fortuito,
é até luz que cega
e realça o intuito
de satisfazer o ego que nos carrega.

Valdevinoxis

(originalmente publicado no Luso em 13/03/2007)


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