SONETO DA MULHER CHAMADA THEREZINHA, TALVEZ CANÇÃO, TALVEZ MEMÓRIA

Data 10/09/2009 10:18:44 | Tópico: Poemas

pesam marés cansadas nos teus olhos
e datas e tantos aniversários
que quando mudas os itinerários
só tentas não me ver entre os escolhos

sabes não sou mais eu nos porta-fólios
emburrado ou a dar sorrisos vários
trancado lá no fundo dos armários
pela chave de luz dos teus sobrolhos

entre móveis o tempo te percorre
não tens mais interesse em percorrê-lo
(que graça se num sopro tudo morre?!)

porém inda me vestes com tal zelo
este teu braço frágil me socorre
de mim refém do próprio desmazelo

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júlio


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