Filósofa não sou!

Data 10/09/2009 21:56:11 | Tópico: Poemas -> Reflexão

O nada é o vazio
em que me embrenho
é o destino, o limbo
desta alma condenada

Tão pouco sei se existo
Já não choro à gargalhada
Se já fui triste...
O meu consolo é rir de cor

Nesta prólixa ausência
do meu delírio interior
De mãos dadas com o cansaço
Já me entreguei ao seu feitiço

Se eu questionasse
o que existe além do mar
talvez o sono me embalasse
e o navio onde naufrago
em terra firme ancorasse

Filósofa, não sou!
mas tenho fé
que um dia...
ainda lá hei-de chegar!

Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=98531