Um sopro calado

Data 15/09/2009 00:50:27 | Tópico: Poemas

Saiu à rua
ao abraço amigo,
à luz da lua
caminho comigo.

Sigo em passo
parado, que não quero,
para mim como escasso
momento em que te espero.

Chego a mim,
a nós atados,
desato assim
sem ajuda, todos calados.

Oiço o pulsar
de um pequeno mundo,
parece caber em punho, vou agarrar
e largar em poema profundo.

Num sopro calado
arrefeço a terra,
em fala, falado
perdi a guerra.

Sou a vida
que desponta em flor,
a mais pequena vontade
e banalidade, a dor.

Tão puro o sentimento
que escrevo no reverso
de um caderno, eterno de talento,
e tatuado neste verso.


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