
DO ESBOÇO À REALIDADE
Data 17/09/2009 16:55:39 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
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Num quadro a lápis desenhado, de traço leve, tão leve a figura de um homem amargurado. Parece preocupado com a vida e de cotovelos poisados, sobre a mesa, leva as suas mãos bem atrás do pescoço, como que para segurá-lo e à cabeça que teima em pender para a frente.
No entanto num rosto bem delineado seus olhos fechados parecem ir buscar algo mais além, não mostrando esforço ou má vontade, como reforçam as pálpebras bem vivas e atentas ao menor dos ruídos. Sua boca mostra uns lábios finos e concentrados, ante o pensamento que lhe vai na alma.
Até que, o homem, a lápis desenhado, leve, levemente ganha vida e sai da tela homem como nós: o que um pouco de reflexão fez do insustentável, rosas brancas em cada uma de suas mãos.
Jorge Humberto 16/09/09
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