Cubo

Data 18/09/2009 01:46:50 | Tópico: Poemas

Cubo

Nos meus dias de pólvora
Não há tempo para explodir
Nos meus dias de lança
Quem sangra sou eu
Entre ônibus, faces e rascunhos
Pago à prazo, minha felicidade
A cada momento, um cásulo esquecido
Construo caminhos
Que vão dar até onde posso ir
Não acredito nem em minhas palavras
Minha alma é concreto, em qualquer lugar
Em pequenos instantes que fogem de mim
A noite, da estratosfera, aceno
Num sono desbotado e debochado
Onde tudo é real, exceto o dia seguinte

Ricardo Villa Verde



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