
1973
Data 19/09/2009 23:34:52 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Sobe o pano Da ironia, do actor Perdido na sua história. Expondo-se no seu palco, Ao seu amor, à sua dor, Conta o conto Do gigantismo Dos seus seguidores.
Perdi-me na floresta Da sociedade e renasci, Florido, atrevido e inchado Na minha ridícula magreza. Sou um actor vendido E exibir o meu corpo É a única defesa...
Canto. Canto para uma tribo De alucinados, Actuo numa trip Minha para eles, Sou o ícone desta geração.
Faço sexo com os olhos Na minha boca obscena, Até que me atirem o pano Sou o mestre desta cena.
Este é o meu último concerto, A minha primeira alucinação, A vossa última viagem Neste vaivém espacial.
Fui arte, Fui desafio, Fui especial.
Fui droga, Encanto, Androgenia, Qualidade anormal.
Enterrem a minha alma Que matei por prazer, Tinha que me desfazer dela Para existir e talvez ser.
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