Aos cantos que não se vêem.

Data 20/06/2007 21:55:55 | Tópico: Prosas Poéticas

Vasculhando as falas, embargadas n'alma
Donde não se vê os cantos, nem o fim
São falas, propaladas, ao esmo, sem calma
E de tudo aos gritos oiço, menos o sim.

Daí os dedos, inquietos, se intercalam
Tacteiam por entre as falas, que não falam,
Se metem, infadigávelmente por entre os meios
E se rebentam, no peito, por entre os seios

Ai louca angústia desatinada de amar loucamente
As falas que nada dizem, os dedos que nada tocam
O insosso de sua fala, verdade que sempre mente,
Amar os malditos nós, ditos que não se soltam.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=9981