IMPROVISO DE BOTEQUIM

Data 21/09/2009 17:39:38 | Tópico: Poemas

para o Zé Silveira


coloco uma estrela sobre
um pires de porcelana
amigo nasci bem pobre
minha estampa não engana
saí da roda-gigante
entrei na roda de cana
minha alma antes tão pura
hoje é pra lá de profana

dei de tocar cavaquinho
querendo aprender violão
fui simples soldado raso
com voz firme de capitão
não fujo de homem valente
e nem corro de assombração
quando o negócio é carinho
pra moça tenho boa mão

vivo segundo a segundo
da maneira que deus quiser
faço o raso virar fundo
tendo sombra e água fresca
melhor ainda com mulher

aqui termino o improviso
dedicado à sua graça
dinheiro não quero em troca
basta um gole de cachaça

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júlio


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