Vida e Obra

Publicado em 24/11/2010 14:00:00 | Tópico: Eça de Queirós

Mais um autor consagrado:

Eça de Queirós

1845: Em 25 de Novembro, nasce na Póvoa do Varzim José Maria Eça de Queirós. - 1855: Entra como aluno interno no Colégio da Lapa, no Porto. - 1861: Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. - 1864: Conhece Teófilo Braga. - 1865: Representa no Teatro Académico e conhece Antero de Quental. - 1866: Forma-se em Direito. Instala-se em Lisboa, em casa do pai. Parte para Évora, onde funda e dirige o jornal Distrito de Évora. - 1867: Sai o primeiro número do jornal. Estreia-se no foro. Regressa a Lisboa. -1869: Assiste à inauguração do Canal de Suez. - 1870: É nomeado Administrador do Distrito de Leiria. Com Ramalho Ortigão, escreve O Mistério da Estrada de Sintra. Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar. - 1871: Conferências do Casino Lisbonense. - 1872: Cônsul em Havana. - 1873: Visita os Estados Unidos em missão do Ministério dos Negócios Estrangeiros. - 1874: É transferido para Newcastle. - 1876: O Crime do Padre Amaro. - 1878: O Primo Basílio. Escreve A Capital. - 1878: Ocupa o consulado de Bristol. - 1879: Escreve, em França, O Conde de Abranhos. -1880: O Mandarim. - 1883: É eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências. - 1885: Visita em Paris Émile Zola. - 1886: Casa com Emília de Castro Pamplona. - 1887: A Relíquia. - 1888: Cônsul em Paris. Os Maias. - 1889: Assiste ao primeiro jantar dos "Vencidos da Vida". - 1900: A Correspondência de Fradique Mendes. A Ilustre Casa de Ramires. Em 16 de Agosto morre em Paris.

Obra:

1866/67 - Eça de Queirós estreia-se como escritor com a publicação na Gazeta de Portugal de textos que, após a sua morte, viriam a ser parcialmente compilados no volume Prosas Bárbaras (1903). Em edições posteriores, incluíram-se textos que não tinham sido seleccionados para a primeira edição. De Janeiro a Outubro de 1867, Eça esteve quase exclusivamente ocupado com a redacção do jornal Distrito de Évora. Aqui publicou algumas narrativas, tais como O Réu Tadeu e Farsas.

1869 - Publica na Revolução de Setembro e em O Primeiro de Janeiro algumas poesias atribuídas a um poeta imaginário - Carlos Fradique Mendes.

1869/70 - O escritor realiza uma viagem ao Próximo Oriente para assistir à inauguração do canal de Suez. No Diário de Notícias publica a reportagem De Porto Said a Suez que no volume póstumo O Egipto viria a ser completada com Notas de Viagem e com Folhas Soltas, apenas editadas em 1966. Em 1870 a Revolução de Setembro publica uma série de nove capítulos (que viria a ficar incompleta) sobre a Morte de Jesus e que seria também integrada no final de Prosas Bárbaras. Nestes textos podemos encontrar esboços quer de o Suave Milagre quer de A Relíquia. Ainda em 1870, de colaboração com Ramalho Ortigão, publica em folhetins no Diário de Notícias uma imaginária reportagem jornalística, O Mistério da Estrada de Sintra.

1871 - Da produção deste ano destaca-se a sua conferência no Casino Lisbonense sobre O Realismo como Expressão de Arte. Também com Ramalho Ortigão, inicia a sua colaboração em As Farpas. Pertence-lhe, aliás, o texto inicial dessa série de comentários críticos e satíricos O Estado Social de Portugal. Sai a 1.ª edição em volume de O Mistério da Estrada de Sintra.

1875 - O primeiro romance de Eça, O Crime do Padre Amaro, sai em folhetins na Revista Ocidental. Virá a ser publicado em volume no ano seguinte, com muitas alterações. Na edição de 1880, considerada definitiva, sofrerá uma revisão ainda maior.

1878 - É publicado o segundo romance, O Primo Basílio, primeiro grande êxito literário do escritor.

1879 - Escreve O Conde de Abranhos, que só virá a ser publicado postumamente.

1880 - Publica O Mandarim.

1883 - Escreve a novela Alves & Ca. que só em 1925 será publicada.

1884 - É publicada a 2.ª edição, refundida, de O Mistério da Estrada de Sintra.

1887 - Publicação de A Relíquia.

1888 - Publica Os Maias, magistral romance que constitui a consequência de textos que deixa sem redacção definitiva: A Capital e A Tragédia da Rua das Flores. Em O Repórter, publica os primeiros textos que, após posterior revisão de Júlio Brandão, virão a ser reunidos em A Correspondência de Fradique Mendes (1925).

1900 - Já após o falecimento do escritor, sai a público o primeiro volume de A Ilustre Casa de Ramires. Esta obra tinha tido já uma versão incompleta na Revista Moderna (1877-99).

1901 - É publicado o romance A Cidade e as Serras, com texto revisto por Ramalho Ortigão e Luís Magalhães.

1902 - Saem os Contos.

1903 - Prosas Bárbaras.

1905 - Cartas de Inglaterra e Ecos de Paris.

1907 - Cartas Familiares e Bilhetes de Paris.

1909 - Notas Contemporâneas.

1912 - Últimas Páginas.

1925 - A Capital, O Conde d’Abranhos, Correspondência, Alves & Ca.

1926 - O Egipto.

1929 - Cartas Inéditas de Fradique Mendes e mais Páginas Esquecidas.

1940 - Cartas de Londres.

1944 - Cartas de Lisboa e Crónicas de Londres.

1949 - Eça de Queirós entre os seus (Cartas Íntimas).

1961 - Cartas de Eça de Queirós aos seus editores.

1980 - A Tragédia da Rua das Flores.

Outras listagens:


O mistério da estrada de Sintra (1870) (eBook)
O Crime do Padre Amaro (1875) (eBook)
A tragédia da rua das flores (1877-78)
O Primo Basílio (1878)
O mandarim (1880) (eBook)
As minas de Salomão (1885) (eBook)
A relíquia (1887) (eBook)
Os Maias (1888)
Uma campanha alegre (1890-91)
O tesouro (1893)
A Aia (1894)
Adão e Eva no paraíso (1897)
Correspondência de Fradique Mendes (1900)
A Ilustre Casa de Ramires (1900)
A cidade e as serras (1901, póstumo) (eBook)
Contos (1902, póstumo) (eBook)
Prosas bárbaras (1903, póstumo)
Cartas de Inglaterra (1905, póstumo) (eBook)
Ecos de Paris (1905, póstumo)
Cartas familiares e bilhetes de Paris (1907, póstumo)
Notas contemporâneas (1909, póstumo)
Últimas páginas (1912, póstumo)
A Capital (1925, póstumo)
O conde de Abranhos (1925, póstumo)
Alves & Companhia (1925, póstumo)
Correspondência (1925, póstumo)
O Egipto (1926, póstumo)
Cartas inéditas de Fradique Mendes (1929, póstumo)
Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949, póstumo).

Obras traduzidas

As obras de Eça de Queirós foram traduzidas em cerca de 20 línguas.

Em francês

O Mandarim (Le Mandarin): traduzido do português por Michèle Giudicelli, prefácio de Antônio Coimbra Martins,Collection: Littérature étrangère, Editions de la Différence, Paris, publicado em 11 de Setembro de 2002, ISBN 2-7291-1414-9.

O Crime do Padre Amaro (Le Crime du Padre Amaro): Romance traduzido do português e prefaciado por Jean Girodon, Collection: Littérature étrangère, Editions de la Différence, Paris, publicado em 05/2007.

O Primo Basílio (Le Cousin Bazilio): Romance traduzido do português e prefaciado por Lucette Petit, Collection :Littérature étrangère, Editions de la Différence, Paris, publicado em 7 de Dezembro de 2001, ISBN 2-7291-1368-1

O Mistério da estrada de Sintra (Le Mystère de la route de Sintra), Editeur La Différence, 2001, ISBN 2-7291-0672-3.

Sua Excelência, O Conde de Abranhos(Son Excellence, Le Comte d'Abranhos), Editeur La Différence, 1998, ISBN 2-7291-1150-6.

Em catalão

O defunto (El difunt), Ràfols, Barcelona, 1920
O Egipto (De Port-Said a Suez), trad. de Narcís Oller, Ed. Catalana, Barcelona, 1921
A aia (La Dida); trad. de J. Finestrelles, Castells, Barcelona, 1923?
O Mandarim (El mandarí), Tres i Quatre, València, publicado em 1992
Adão e Eva no paradiso (Adam i Eva al paradís, Amós Belinchón, 1987
O primo Basílio (El cosí Basílio), Quaderns Crema, Barcelona, 2000.
O crime do padre Amaro (El crim de mossén Amaro), Quaderns Crema, Barcelona, 2001.
A correspondência de Fadrique Mendes (La correspondència de Fradique Mendes), Columna, Barcelona, 2002
'A ilustre casa de Ramires (La il·lustre casa de Ramires), Destino, Barcelona, 2006.
Os Maias (Els Maia), Funambulista, Madrid, 2007.

Em inglês

A Capital (To the Capital), trad. de John Vetch, Carcanet Press, United Kingdom, 1995.
A Cidade e as serras (The City and the Mountains), trad. de Roy Campbell, Ohio University Press, 1968.
A Ilustre Casa de Ramires (The illustrious house of Ramires), trad. de Ann Stevens, Ohio University Press, 1968.
A Relíquia (The Relic), trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 1994.
A tragédia da rua das Flores (The Tragedy of the Street of Flowers), trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 2000.
Alves & Cia (Alves & Co.), trad. de Robert M. Fedorchek, University Press of America, 1988.
Cartas da Inglaterra (Letters from England), trad. de Ann Stevens, Bodley Head, 1970.
O Crime do Padre Amaro (The Sin of Father Amaro), trad. de Nan Flanagan, St. Martins Press, 1963.
O Crime do Padre Amaro (The Crime of Father Amaro), trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 2002.
O Mandarim (The Mandarin), trad. de Richard Frank Goldman, Ohio University Press, 1965.
O Mandarim (The Mandarin): trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 2009.
O Defunto (The Hanged Man): trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 2009.
O Primo Basílio (Cousin Bazilio), trad. de Margaret Jull Costa, Dedalus Books, 2003.
Os Maias (The Maias), trad. de Margaret Jull Costa, New Directions, 2007.

Em castelhano

A Cidade e as Serras (La ciudad y las sierras), trad. de Marquina Angulo, Alianza Editorial, 2007
A Relíquia (La reliquia), trad. de R. Vilagrassa, Editorial Acantilado, 2004
O Crime do Padre Amaro (El crimen del padre Amaro), trad. de Eduardo Naval, Alianza Editorial, 1998
O Mandarim (El mandarín), trad. de Javier Coca y Raquel R. Aguilera, Editorial Acantilado, 2007
A Capital, La Capital, trad. de Javier Coca y Raquel R. Aguilera, Editorial Acantilado, 2008
Cartas da Inglaterra (Cartas de Inglaterra), trad. de Javier Coca y Raquel R. Aguilera, Editorial Acantilado, 2006
O mistério da estrada de Sintra (El misterio de la carretera de Cintra), trad. de A. González Blanco, Editorial Biblioteca Nueva, 1937
O Primo Basílio (El primo Basilio), trad. de Eduardo Naval, Alianza Editorial, 2004
Os Maias (Los Maia), trad. de Julio Gómez de la Serna, Círculo de Lectores, 1985

Em italiano

A cidade e as serras (La Città e Le Montagne), trad. de Camillo Berra, Torino, Union Tipografico - Editrice Torinese, 1981.
A Capital (La Capitale), trad. deLaura Marchiori, Roma, Gherardo Casini Editore, 1987.
A Relíquia (La Reliquia), trad. de Amina Di Munno, Roma, Lucarini Editore, 1988.
O Mistério da Estrada de Sintra (Il Misterio Della Strada di Sintra), trad. de. Amina Di Munno, Palermo, Sellerico Editore, 1989.

Em alemão

O Primo Basílio (Vetter Basilio), trad. de Rudolph Krugel, Berlim, Buchclub, 1986.
A cidade e as serras (Stadt und Gebirg), trad. de Curt Meyer-Clason, Zurique, Manesse Verlag, 1988.
O Crime do Padre Amaro (Das Verbrechen des Paters Amaro), trad. de Willibald Schönfelder, Frankfurt-am-Main, Insel Verlag, 1990.
O Mandarim (Der Mandarin), trad. de Willibald Schönfelder, Berlim, Aufbau Verlag, 1997.
Os Maias (Die Maias), trad. de Rudolph Krugel, Munique, Piper, 1989.
A Relíquia (Die Reliquie), trad. de Anreas Klotsch, Munique/Zurique, Piper, 1989.

Em holandês

O Mandarim (De Mandarijn), trad. de Joep Huiskamp, Utrecht, IJzer 2001.
O crime do Padre Amaro (Het Vergrijp van Vater Amaro), trad. de Adri Boon, Amesterdão, De Arbeiderspers, 1990.
A cidade e as serras (De Stad en de Bergen), trad. de Harrie Lemmens, Amesterdão, De Arbeiderspers, 1992.
O Primo Basílio (Neef Bazilio), trad. de Harrie Lemmens, Amesterdão, De Arbeiderspers, 1994.

Em húngaro

O crime do Padre Amaro (Amaro Atya Bune), trad. de Olga Ábel e Ferenc Kordás, Budapeste, Ed. Europa, 1977.
A Capital (A Fõváros), trad. de Ferenc Pál, Budapeste, Ed. Europa, 1989.

Em sueco

O Primo Basílio (Kusin Basilio), trad. de Lars Axelsson e Margareta Marin, Lysekil, Bokförlaget Pontes, 1987.
Os Maias (Familjen Maia), trad. Lars Axelsson e Margareta Marin, Lysekil, Bokförlaget Pontes, 1996.

Em polaco

O Primo Basílio (Kuzyn Bazyli), trad. de Elzbieta Reis. Posf. Janina Z. Klave, Kraków, Wydawnictwo Literackie, 1978.
Os Maias (Ród Maia: epizody z Zycia Romantycznego), trad. de Krystyna e Wojciech Chabasinscy, Kraków, Wydawnictwo Literackie, 1988.

Em romeno

A Cidade e as Serras (Oraşul şi Muntele), trad. de Mioara Caragea, Bucareste, Univers, 1987.

Em eslovaco

Os Maias (Kronika Rodu Maiavoov. Epizódy z Romantického Zivota), trad. de Vladimir Oleríny, Bratislava, Pravda, 1981.

Em checo

O Primo Basílio (Bratranec Basilio: Rodinná Epizoda), trad. de Zdenek Hampl, Praga, Odeon, 1989.

Em búlgaro

O crime do Padre Amaro (Prestaplenieto Na Otetz Amaro), trad. deDimitar Anguelov, Sófia, Narodna Kultura, 1980.
Contos (Razkazi), trad. de Dimitar Anguelov, Sófia, Profisdat, 1984.

Em basco

O Mandarim (Mandarin Zaharra), trad. de Jesús María Lasa, Bilbau, Ibaizabal Edelvives, 1992.

Em japonês

Os Maias (マイア家の人々)
O Primo Basílio (逝く夏)

Em russo

O crime do Padre Amaro (Преступление отца Амаро)
O Primo Basílio (Кузен Базилио)
Os Maias (Семейство Майя)

Em islandês

O Primo Basílio (Bazilio frændi)
O crime do Padre Amaro (Glæpur föður Amaro)
O Mistério da Estrada de Sintra (ráðgáta Sintra vegarins)




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