Em Hydra, evocando Fernando Pessoa
Publicado em 21/09/2007 15:57:48 | Tópico: Sophia Andresen
| Quando na manhã de Junho o navio ancorou em Hydra (E foi pelo som do cabo a descer que eu soube que ancorava) Saí da cabine e debrucei-me ávida sobre o rosto do real - mais preciso e mais novo do que o imaginado
Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto de uma ilha grega
Murmurei o teu nome O teu ambíguo nome
Invoquei a tua sombra transparente e solene Como esguia mastreação de veleiro E acreditei firmemente que tu vias a manhã Porque a tua alma foi visual até aos ossos Segundo a lei de máscara do teu nome
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