
Fonógrafo
Publicado em 06/10/2007 15:20:00 | Tópico: Camilo Pessanha
| Vai declamando um cómico defunto. Uma plateia ri,perdidamente, Do bom jarreta...E há um odor no ambiente A cripta e o pó,- do anacrónico assunto.
Muda o registo,eis uma barcarola: Lírios,lírios,águas do rio,a lua. Ante o Seu corpo o sonho meu flutua Sobre um paul,- extática corola.
Muda outra vez os gorgeios,estribilhos Dum clarim de oiro - o cheiro dos junquilhos, Vívido e agro!- tocando a alvorada...
Cessou.E,amorosa,a alma das cornetas Quebra-se agora orvalhada e velada, Primavera. Manhã. Que eflúvio de violetas!
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