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Quando quase se apagam as luzes no dentro da idade,
acendem-se mãos voláteis
e rasgam-se rios de silêncio e sal sobre a idade do tempo.
Talvez um corpo se erga do nada e caminhe
abrindo brechas no vazio…
talvez uma ave esquecida a planar no horizonte azul
esvoace sobre a praia e a montanha
e cresça
em voos de esperança para além do sonho…
talvez uma flor desabroche das palavras prenhes
de silêncios e sombras,
e dê à luz formas ávidas de ser.

“O sol hoje acordou gélido e seco, dobrado pelo frio da madrugada agreste e opaca, vento cortante que beija a face dos incautos, enrugados nas parcas vestes que o rigor do Inverno ignora…. assim se viviam os tempos numa época glamorosa, mas conturbada, em finais do séc. XVIII, onde a Europa se tentava É num destes pedaços da Europa, à beira mar plantado, nos confins da Ibéria que se desenrola a nossa história, tendo por protagonista o amor, esse sentimento que atira para fora do compasso o mais forte dos corações. Sintra, local de eleição para este enredo amoroso, é por si própria um ícone no que concerne ao amor e ao romantismo do qual não se pode dissociar, quer pela sua história e cultura, quer pela envolvente abrupta e selvagem que exorta a clivagem que o romantismo quis trazer através da intensidade dos sentimentos e dos amores trágicos, pautadas pela dramaticidade humana e pela introspecção que lhe era tão característica, numa época singular e memorável.

De cara limpa é um dos 5 livros que escrevi na década de 70/80, e não publicados. Registrado sob o nº 35529 de 05/11/85 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro/SP. São poesias que deixam à mostra sentimentos de indignação diante das incoerências que o ser humano praticou e ainda pratica atualmente no dia a dia. Seja contra o próprio ser humano, seja com a natureza. Também deixa à mostra sentimentos de amor e ode apelativo à paz. Espero que você leitor, aprecie e capte a mensagem contida com o meu jeito simples de escrever. Grato

Nos decadas de 80, em meio a tantas indiferenças, tantas agitações politicas , economicas, culturais... Uma história de amor começava a desabrochar. Aos trancos e solavancos, passando por cima de muitos obstaculos, desencontros e enfrentamentos, vingou e perdura até os dias atuais. No ano das bodas de perola,Santa Lima de França, que foi escrito há tantos anos ganha uma publicação real , a exemplo do anterior (De Cara Limpa), que esta disponivel no clube de autores.

“Lágrimas do Céu” é o terceiro livro a ser publicado pelo Clube de Autores e são poesias que retratam uma mescla de sentimentos; ora repúdio às indiferenças sociais, ora desabafos de desagrado quanto as atitudes humanoides, ora exaltação à natureza e ao amor entre as pessoas

A vida que Deus criou se transformou graças à ação do homem. Não fosse a ganancia por tudo que dele se apoderou, o mundo poderia ter tomado outro rumo; mas a sensação de ter nas próprias mãos o poder de comandar, de decidir, de direcionar, de impor , em quaisquer circunstancias a vontade de muitos dos nossos semelhantes em relação a outros da mesma espécie é o que o distingue e o aproxima ao Criador. E este estigma social se repete em todos os setores, em todas as camadas , em todos os níveis hierárquicos. Alguém sempre tem um poder perante o outro. E isso já está incorporado no ser humano. No reino dos animais irracionais o poder também existe mas de forma “ racional”, a preservação da espécie age pelo instinto da sobrevivência, diferentemente da espécie humana que age para simplesmente se sobrepor pelo prazer, pela luxúria, pelo domínio, pelas riquezas matérias. Por isso fazem dos fracos, dos pequenos, dos subalternos, Gato e Sapato. Jogam-nos para um lado e para outro sem o respeito que à Justiça Divina prega para sermos todos irmãos e sem o respeito que a Justiça Terrestre determina para sermos todos iguais; “porém sabemos que,infelizmente, uns são mais iguais do que outros

Livro: Siga o voo das borboletas
Autora: Helen De Rose
Editora: CBJE
Ano: 2011
Páginas: 116
Tipo: impresso
I.S.B.N.:978-85-7810-902-8
Categoria: Literatura - Poesia

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Família de Sombras
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As ruas, a noite, o encanto dos vícios prostituídos, o mistério que a cidade do Porto exerce sobre o olhar atento do poeta, estão sem dúvida presentes de uma forma tão cruel e romântica no livro “Trago Poético” de José Figueiredo.
A bebida fiel companheira da solidão de cada verso, as pessoas como fonte de inspiração e crítica social, uma certa violência na escrita das palavras, uma utópica revolta, iluminada pelo néon num bar de jazz.
O amor falhado e o sexo entre muitas outras realidades e sentimentos, podem ser encontrados nesta obra pelo leitor.

"Jardim de Palavras", livro de poesia de António Castel-Branco, editado em Dezembro de 2009 pela Temas Originais.

“Agapantos” é composto por poemas. Curtos, revelam um poeta que se volta para as ditas coisas simples, para o cotidiano, sem a preocupação de se dedicar a um texto cerebral ou voltado para malabarismos com a linguagem.

Sensível, Nhardes trata com lirismo até as temáticas sociais, como a destruição da natureza e o descaso para com as crianças, só para ficar em dois exemplos.

“Agapantos” contempla a amizade, a mulher, o amor e a natureza em versos curtos. Aqui e ali, revela também senso de humor. Nos poemas breves, mostra a capacidade de muito sugerir com poucas palavras: “Você e seu vestido,/Eu e minha imaginação”.

Não bastasse a leitura agradável e leve que o texto de Nhardes proporciona, a edição tem um sóbrio e elegante projeto gráfico, com capa de Manoel Almeida.

Escrito por Lívio Soares de Medeiros em Liviano

"Apenas existo na cumplicidade de um poema sem o qual a solidão me levaria a alma"

José Guerra in "Pura Inspiração"

O Espírito Tuga
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A obra é uma manifestação de um eu multifacetado pelo mundo moderno que ao olhar a realidade pautada pelos seus sentimentos, como câmera fotográfica sai disparando imagens poéticas para todos os lados e cantos do seu interior e da sua realidade. Também passa pela reflexão sobre o labutar do artista com a palavra, na medida em que relata o sofrimento e o prazer de escrever. Abre o seu coração também para discutir a própria incapacidade do código linguístico de expressar totalmente a realidade e os sentimentos do ser humano.

"Com este seu «Poemas ao correr da pena...», o poeta... traz-nos, não uma mera recolha de poemas, mas uma verdadeira janela por onde o leitor pode apreciar a sua oficina poética e, quase diria, vislumbrar o próprio autor em acção."

Xavier Zarco