Inquietação

Publicado em 16/07/2007 19:00:00 | Editora: Editorial Minerva

Escrever, seja o que for, com coerência, paixão, sentido(s) e capacidade de inovação, é cada vez mais difícil; vivemos rodeados de verborreias televisivas e outras de toda a espécie (sobretudo no plano da Educação e Ensino) – arriscamo-nos ao esgotamento e à de(s)ignificação dos rituais, do encanto, dos mistérios e da magia do Ver-a-Ler, das palavras-luz através das quais se vê o mundo – escre(ver) é ver, ver é contar... Recriar o mundo pela narrativa, é talvez uma das tábuas de salvação do Homem
«(...) A tentação primeira, perante a leitura de uma qualquer obra poética, deve ser a de nada lhe perguntar pois talvez nenhuma pergunta seja possível. Escreveu Eduardo Lourenço nessa maravilhosa obra chamada Tempo e Poesia: “Compreender a poesia é olhá-la sem a tentação de lhe perguntar nada. É aceitar o núcleo de silêncio donde todas as formas se destacam. A obra vale pela densidade de silêncio que impõe. Por isso os poetas que imaginam dizer tudo são tão vãos como as estátuas gesticulantes”.

ângelo rodrigues



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