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TE AMO ( Pablo Neruda ) Te amo de uma maneira inexplicável, de uma forma inconfessável, de um modo contraditório. Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos e mudar de humor continuadamente pelo que você já sabe o tempo, a vida, a morte. Te amo, com o mundo que não entendo com as pessoas que não compreendem com a ambivalência de minha alma com a incoerência dos meus atos com a fatalidade do destino com a conspiração do desejo com a ambigüidade dos fatos ainda quando digo que não te amo, te amo até quando te engano, não te engano no fundo levo a cabo um plano para amar-te melhor Te amo , sem refletir, inconscientemente irresponsavelmente, espontaneamente involuntariamente, por instinto por impulso, irracionalmente de fato não tenho argumentos lógicos nem sequer improvisados para fundamentar este amor que sinto por ti que surgiu misteriosamente do nada que não resolveu magicamente nada e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada, melhorou o pior de mim. Te amo Te amo com um corpo que não pensa com um coração que não raciocina com uma cabeça que não coordena. Te amo incompreensivelmente sem perguntar-me porque te amo sem importar-me porque te amo sem questionar-me porque te amo Te amo simplesmente porque te amo eu mesmo não sei porque te amo…

" Metade " ( Oswaldo Montenegro ) Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio; Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca; Porque metade de mim é o que eu grito, Mas a outra metade é silêncio... Que a música que ouço ao longe Seja linda, ainda que tristeza; Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada Mesmo que distante; Porque metade de mim é partida Mas a outra metade é saudade... Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece E nem repetidas com fervor, Apenas respeitadas como a única coisa que resta A um homem inundado de sentimentos; Porque metade de mim é o que ouço Mas a outra metade é o que calo... Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma e na paz que eu mereço; E que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada; Porque metade de mim é o que penso Mas a outra metade é um vulcão... Que o medo da solidão se afaste E que o convívio comigo mesmo Se torne ao menos suportável; Que o espelho reflita em meu rosto Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância; Porque metade de mim é a lembrança do que fui, A outra metade eu não sei... Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito E que o teu silêncio me fale cada vez mais; Porque metade de mim é abrigo Mas a outra metade é cansaço... Que a arte nos aponte uma resposta Mesmo que ela não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer; Porque metade de mim é platéia E a outra metade é canção... E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade... também.

__Já não me pertenço mais__ Minha dependência do teu amor, supera qualquer coisa que eu já tenha sentido antes, às vezes isso me assusta. Estar sem você, é como se alguém me dissesse: - Mergulha bem fundo e prende a respiração o máximo que você puder. Não consigo fazer isso por muito tempo, porque meu coração dói, meu corpo inteiro clama por você, me falta o ar, mal consigo respirar, é uma saudade que queima. Logo eu, que sempre fui tão dona de mim, hoje me dou conta de que, já não me pertenço mais, sou tua... completamente tua. ( BVieira )

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