As próximas eleições já pouco contam ou nada valem!
Os doutores são os que menos sabem. Mas o Povo fala verdade e sabe o que diz!
A situação portuguesa, já ninguém duvida ou se deixa enganar, é dramática. Raia a tragédia! É desesperada e desesperante.
Milhares de portugueses já vivem na miséria e, nas próximas semanas, centenas de milhares correm o risco de não ter dinheiro para os gastos correntes ou mesmo para se alimentar. De um dia para o outro os portugueses, povo prestigiado na História Universal e nos quatro cantos do mundo, passaram a ser gente de terceiro mundo. Por obra e má graça de uns tantos finórios, sem vergonha nem escrúpulos, que nos últimos anos tiveram o ensejo de se aproveitar da flacidez do regime democrático para sistematicamente ludibriar o Povo, se assenhorear do poder, viciar a Justiça, e enriquecer, espoliando, de mil formas, o erário público. A crise monetária internacional apenas teve o condão de por a nu toda a tramóia.
Agora, já só o Povo português poderá salvar Portugal! Só os portugueses que sentem na carne a pobreza e as medidas ditas de austeridade, e na alma a vergonha do ultraje, poderão salvar Portugal!
Como?!
Nas urnas, nas ruas, na internet! E de forma bem simples.
Nas urnas, não indo votar, votando em branco ou mesmo anulando o boletim de voto. Mas, nunca votando nos governantes e nos partidos relapsos que destruíram Portugal. Nunca de forma a branquear o regime corrupto que nos conduziu à actual situação, passando mais cheques em branco aos seus agentes. Antes, bem pelo contrário, de forma a pressionar o actual Presidente da República a, de uma vez por todas, chamar ao poder portugueses honrados e capazes.
Nas ruas, manifestando o seu justo descontentamento.
Na Internet passando a palavra, dando as mãos, abrindo os corações. Com amor e sem medo!
A próxima Assembleia da República e os partidos maiores que a integram, quer queiram quer não, já estão amarrados aos inevitáveis acordos com a Troika de credores, que são imposições de que tem a força do dinheiro.
Mas, por mais exigentes e atentos que os fiscais da Troika sejam, os portugueses não podem correr o risco de permitir que seja um governo cozinhado pelos hegemónicos directórios partidários, de um partido único ou de partidos coligados, a gerir, nos próximos dez anos, os fabulosos empréstimos que, nada graciosamente, a Troika vai providenciar a Portugal. Porque, se assim fosse, a bagunça continuaria, cada partido representado no governo iria continuar a puxar a brasa à sua sardinha, a reservar para si e para os seus, os melhores proventos.
Ora, nenhuma Nação do mundo elege um Presidente da República por sufrágio universal directo, e o promove a Comandante Supremo das Forças Armadas, apenas para funções protocolares ou para proferir lições de moral, “urbi et orbi”.
Os portugueses devem fazer recair toda a responsabilidade no actual Presidente da República e exigir o seu total empenhamento na constituição do próximo governo, que deverá integrar personalidades capazes e honradas para, da melhor forma, gerir os avultados empréstimos que Portugal vai receber.
Ora, dificilmente tais personalidades se encontrarão no actual leque partidário! Por isso, o Povo deve, nas próximas eleições desautorizar os governantes e os partidos relapsos.
Governo patriótico que também deve promover as reformas que se exigem para moralizar o regime, combater a corrupção, relançar a economia, acautelar o futuro e, a prazo, restaurar o prestígio País no contexto internacional.

É no Presidente da República, portanto, quer ele queira quer não, que toda a responsabilidade em tempos de crise, recai.
E não lhe falta a autoridade moral e o poder, nem que para tanto tenha que fazer uso, perante as habilidades dos renitentes líderes corruptos e antipatriotas, dos persuasivos argumentos de força militar que, enquanto Chefe Supremo das Forças Armadas tem ao seu dispor.
Se assim não for será a guerra civil, o caos e a ditadura.


Vale de Salgueiro, quarta-feira, 20 de Abril de 2011
Henrique Pedro

Camarada,
Ainda bem que nem todos pensam como eu, caso contrário o mundo era uma seca!
O poder político quem o exerce de facto é o povo. Tal surge inclusive no texto máximo: a Constituição; no seu artigo 108.º.
A questão que se me coloca é outra: será que o povo o quer exercer? Ou seja: o mal não reside na classe política, nos seus partidos, mas no povo que teima em escolher entre os seus pares os mesmos para os representar.
E facto é que não fomos chamados para quaisquer referendos sobre, por exemplo, a integração europeia ou moeda única (pelo menos, eu, pessoalmente, de tal não me recordo). Refiro estas duas questões porque são fulcrais para o entendimento do actual estado do país.
No entanto, vota-se. E vota-se em quê?, exactamente no mesmo. Ou seja: maioritariamente escolhe-se o mesmo. Portanto, só há uma ilação a tirar: estamos felizes e contentes com o que temos.
Pelo menos eu, que acredito no sistema pluripartidário, na livre escolha dos seus representantes através do voto, creio que a oportunidade de se mudar as coisas reside exactamente nisso: no voto.
Há outras soluções, uma agrada-me, as outras não, mas ninguém é obrigado a pensar de forma igual. Agora, abstenções?, votos nulos?, votos brancos?, não, claro que não! Isso é negar o valor do voto, recusar o poder que constitucionalmente nos é atribuido. Que se aproveite o voto para se votar na mudança.
Um abraço
Xavier Zarco

Olá Pedro

Votar no PCP, ou no BE, ou nos Verdes é lícito e terá o mesmo efeito que a abstenção, nas actuais circunstâncias. É preciso sim, quanto a mim, que o PR seja constrangido a formar um Governo de Salvação Nacional. Com pessoas competentes, honradas e sem amarras ideológicas.
Estamos em acordo, portanto, e em última análise.

Abraço

Camarada,
No fundo, estamos, mas não no meio a utilizar, na forma como se pode atingir tal, ou seja: para mim, tal só deve ser alcançado pelo voto, não por outro mecanismo, sequer os que a Constituição garante.
Creio que o presidente, o único que é eleito directamente pelo povo, porque até a Assembleia da República é-o através do Método D'Hondt, elegendo personalidades que o povo sequer ouviu falar (olha-se para os cabeças de lista, e com sorte, porque há a tendência de se ir votar num primeiro-ministro), deve preservar o funcionamento institucional, caso contrário a própria legitimidade democrática cai por terra. E em cenário eleitoral cumpre-lhe a função de ler resultados e mais nada, ou seja: fazer o que lhe compete enquanto eleito, respeitar a vontade de quem também o elegeu, dar primazia a quem obteve a maioria dos votos.
Um abraço
Xavier Zarco

Haja Deus!

Finalmente concordo co as visões plurais de quem pensa igualmente diferente;


Henrique; Compreendo e acho correctíssima a tua visão e acima de tudo a necessidade de se criar algo que leve o PR (???) a tomar decisões. Finalmente aquilo que vou falando faz anos ganha força pela miséria que veio agora ao de cima, mas que todos vemos faz muito tempo. Chamo a atenção que na realidade os votos nulos e/ou brancos não interfere seriamente no que se pretende. Restam votos no BE/PC ou mesmo noutras forças partidárias de menor expressão.

Sendo assim, louvo a visão do Zarco que nesta matéria foi certeiro no alvo. Porquê? Porque por mil voltas que se dê ao texto, é efectivamente no voto que reside o busílis da questão; conhecem da sabedoria popular o ditado que dita que quem com ferro mata com ferro morre. Troque-se ferro por voto e vão ver que esse trunfo inestimável é verdadeiramente a nossa força, até porque o voto de cada um vale tanto como voto do PR (Cavaqueiro), isto é, é igual a 1.

Por isso, espero criar um projecto, que juntamente com milhentos outros se possam agregar numa ferramenta que possa despertar mentes, que possa ser uma ancora para o barco à deriva em que todos nos encontramos.

Estamos, como alguns sabem, no FaceBook e por isso espero brevemente criar/lançar uma ferramenta onde se possa criar em sede de laboratório um sistema que possa soltar amarras e que de uma forma viral possa contagiar todo o mundo.

Os poetas são os homens da frente e a poesia o veneno que irá fazer definhar este sistema podre que se não for cuidado nos apodrecerá a todos antes que o diabo esfregue um olho.

Preconceitos, querelas menores e outras resistências, que não nos impeçam de fazer algo, hoje por nós no amanhã dos nossos.

Vamos acordar o mundo que hipnotizado teima em ver um mundo de sombras numa alegoria que nos transporta ao abismo da fome e da guerra.


Mensagem base num sistema provisório;

www.gov.blogtok.com

Um dia, fui maltratado nesta casa por promover esta causa e hoje vejo que todos somos poucos para levar avante a derradeira luta pela independência do nosso lar, jardim do nosso contentamento.

Vou esquecer complexos e promessas vás para publicar um poema na zona de textos.

Um bem haja a todos.

Amigo J.S.Lourenço

Fico a aguardar esse teu novo espaço e desde já desejo sucesso.

Abraço