Poesia na Música |
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16/11/2012 18:54 Mensagens:
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Como apreciadores de poesia, certamente nos deleitamos quando uma música é requintada com uma magnífica letra. Música e letra, na verdade, são a meu ver uma conjugação perfeita que pode transformar simples formas de expressão numa poderosa mensagem. O que pretendia com este tópico (e peço desculpa se ele eventualmente já foi abordado outrora) é que haja uma troca de músicas que gostem por terem uma letra que considerem relevante.
Criado em: 14/2/2013 17:08
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Re: Poesia na Música |
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E começo eu por partilhar uma música de um senhor que se dá pelo nome de Manel Cruz. Apesar de não ser um cantor a quem se dê a relevancia, que a meu ver, merecia, tem um talento inato para fazer das suas músicas autêntica arte.
Manel Cruz - Ninguém é quem queria ser Somos a fachada De uma coisa morta Em vida como que a bater à nossa porta Quando formos velhos Se um dia formos velhos Quem irá querer saber quem tinha razão? De olhos na falésia Espera pelo vento Ele dá-te a direcção Ninguém é quem queria ser Eu queria ser ninguém (ninguém) é quem queria ser Eu queria ser ninguém. A idade é ontem Não pode ser motivo Estás a ver um mundo Feito um velho arquivo Eu caminho e canto Pela estrada fora E o que era mentira Poder ser verdade agora Se o cifrão sustenta A química da vida Porque tens ainda medo de morrer? Faltará dinheiro Faltará cultura Faltará procura dentro do teu ser Ninguém é quem queria ser Eu queria ser ninguém (ninguém) é quem queria ser Eu queria ser ninguém. Diz-me se ainda esperas Encontrar o sentido Mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido Não tens de olhar sem gosto Nem de gostar sem ver Ninguém é quem queria ser Ninguém é quem queria ser Eu queria ser ninguém (ninguém) é quem queria ser Eu queria ser ninguém. http://www.youtube.com/watch?v=Pe5dSID9aq8
Criado em: 14/2/2013 17:13
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Re: Poesia na Música |
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sem nome
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sim, tudo podemos considerar, mas, sem uma boa interpretação da canção devemos ficar então apenas no entendimento da letra, como pede o tópico; 'poesia na música', para a mensagem alcançada. acredito que haverá atenção de outros...
deixo esta interpretação do; Raul Seixas (Gita) - Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou: Às vezes você me pergunta Por que é que eu sou tão calado, Não falo de amor quase nada, Nem fico sorrindo ao teu lado. Você pensa em mim toda hora. Me come, me cospe, me deixa. Talvez você não entenda, Mas hoje eu vou lhe mostrar. Eu sou a luz das estrelas; Eu sou a cor do luar; Eu sou as coisas da vida; Eu sou o medo de amar. Eu sou o medo do fraco; A força da imaginação; O blefe do jogador; Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!... Gita! Gita! Gita! Gita! Gita! Eu sou o seu sacrifício; A placa de contra-mão; O sangue no olhar do vampiro E as juras de maldição. Eu sou a vela que acende; Eu sou a luz que se apaga; Eu sou a beira do abismo; Eu sou o tudo e o nada. Por que você me pergunta? Perguntas não vão lhe mostrar Que eu sou feito da terra, Do fogo, da água e do ar! Você me tem todo dia, Mas não sabe se é bom ou ruim. Mas saiba que eu estou em você, Mas você não está em mim. Das telhas eu sou o telhado; A pesca do pescador; A letra "A" tem meu nome; Dos sonhos eu sou o amor. Eu sou a dona de casa Nos pegue pagues do mundo; Eu sou a mão do carrasco; Sou raso, largo, profundo. Gita! Gita! Gita! Gita! Gita! Eu sou a mosca da sopa E o dente do tubarão; Eu sou os olhos do cego E a cegueira da visão. Eu! Mas eu sou o amargo da língua, A mãe, o pai e o avô; O filho que ainda não veio; O início, o fim e o meio. O início, o fim e o meio. Eu sou o início, O fim e o meio. Eu sou o início O fim e o meio. composição: Raul Seixas/Paulo Coelho
Criado em: 14/2/2013 19:44
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