Credulidade

Data 28/09/2009 11:47:13 | Tópico: Textos -> Desilusão

A raiva penetra bem fundo, nos olhos marejados e adocicados da credulidade. Ergo a taça vazia e
sorvo pequenos goles de nada, que me retalha o corpo queimado pelo sol escorregadio de Outubro.

Sinto o nada esguichar em silêncios lívidos, cobertos de heras macias e abandonadas no cemitério dos despojos de alguém

Há sempre um alguém, que se alimenta das farpas dissimuladas espelhadas por ai.

Contemplo no espelho caduco, o rosto daqueles que ainda acreditam, estão desanimados enfraquecidos pela evaporação das energias dispersas desorganizadas, sem pólos de ligação,

O tempo perde-se cansado de conceder o tempo requerido para corrigir a deterioração do todo.

O tu…. distancia-se desta amalgama de conjecturas proporcionais ao desejo dos eternos otários como eu.

E muitos nadas sem lógica, permanecem por ai.

Escrito a 28/09/09



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