
Despedida genérica de um amor egoísta
Data 29/09/2009 22:15:53 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| Que saudades eu tenho De ter saudade, De alucinar verdades, Uniformidades, Maldades Com a tua cara Rara No fundo da distância.
Que saudade de sonhar, De brincar ao gostar Do que não tinhas Para dar.
Não expliques Ou tentes complicar O grito de cobardia No rio do silêncio.
Resta viver a triste fantasia De a realidade construída Ser mais real do que Perseguir as sombras vivas Do passado.
Não foi inventado, Não está errado, Apenas impossibilitado Pelo pensamento redutor De que a dor é o caminho Mais fácil.
Afoguem-se em ciume, Achem-se na cama, Rebolem no estrume, Apaixonem-se na lama. Não te vou convencer Ou sequer desconhecer Ao ponto de te mudar.
É por isso que te escrevo Este poema que é último, O último egoísmo Que não passa De outro cinismo.
O meu palco é o mundo, Multidão ou pessoa que me acolhe, Que diz o que fala, Fala o que sente, E acima de tudo Sabe que o amor não mente Nem fica surdo e mudo Na teoria do esquecimento.
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