
Fala-me de Amor, sim, Fala-me de Amor!
Data 04/10/2009 11:25:47 | Tópico: Poemas -> Amor
| “ Não acreditas? Vamos,
Velho urso! Pois também eu – sou profeta!”
F. Nietzsche
Fala-me de amor, sim, fala-me de amor!
Quando o meu fardo de tão pesado,
Trouxer à memória recordações vagas,
Apagadas pelo tempo que nos embalou
Da meninice aos cabelos alvos como a neve.
Tempo
Para rir, chorar, amar e ser amado.
Dar e receber...descobrir.
Palavras que ficaram por dizer,
Por cobardia ou ossos do ofício.
Nem eu sei! Como se a vida não fosse,
Um cordão umbilical
Que nos liga à Terra Mãe.
Houve lugar para a angústia e para a dor,
Entes queridos que ficaram
Nesta longa maratona, das Termópilas a Esparta.
Julguem-me os que calcorrearam
Os caminhos do desespero e da glória!
Nem todos navegaram em águas turbulentas,
Nem apanharam o mesmo vapor.
Aprendíamos à medida que íamos navegando.
Soubemos perder, para nos encontrar, de seguida.
E, quando isso não aconteceu,
Chorámos lágrimas de sangue.
Vendemos a alma, quando o álcool
Se apoderou dos nossos sentimentos,
Verdade!?
A mentira engana o mentiroso.
Pelo Nome, pela Palavra dada,
Não existe dinheiro que a pague.
Valores? Sim, intemporais e sagrados.
O mundo ao contrário: o Ser pelo Ter.
Fala-me de amor, sim, fala-me de amor!
Quando o nosso fardo
De tão pesado, trouxer à memória
Recordações vagas,
Do tempo em que éramos crianças.
Neno
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