Cidades II

Data 13/10/2009 14:18:00 | Tópico: Poemas

Cidades II


Os meus passos, conduzem ao deserto das cidades deslumbrantes.
Um oásis de cimento, e areias escaldantes.
O teu amor, é um redemoinho de quimeras prateadas,
E, eu, sou louco em segui-las.
Tu, que não me conheces, não leves as minhas palavras a sério.


Os meus passos, conduzem ao labirinto das cidades,
Cópias, de cópias, sem original.
Um abismo, sem fim, nem retrocesso.


Os meus passos, conduzem ao individualismo, das cidades decadentes.
Onde os homens perderam a vontade, de ser homens.
Como sombras, caminham junto aos muros de betão,
Sem dizerem uma única palavra, com sentido.
Falam por falar, e nada dizem.
Meras palavras, de circunstância - nada mais.


Uma criança ouviu, e perguntou?
Quem sou eu?
A resposta não se fez esperar:
- és muito novo, para compreenderes o mundo.
- Ah! Já entendi:
- não vivemos no mesmo mundo, e não gostamos desses mundos.
- Ouvi falar d`um mundo onde as crianças brincavam,
e as pessoas trabalhavam,divertiam-se,e não passavam fome.
- Esse mundo, já não existe.

Neno




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