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 OpressõesData 21/10/2009 16:51:50 | Tópico: Sonetos
 
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 Opressões
 
 Ouço em alta madrugada o vento da procela
 Que bate violentamente em rajadas de fúria
 E a chuva a escorrer pelo vitraux da janela
 Como um rumor de choro, uma vós de lamúria
 
 Neste meu quarto modesto, aqui tão distante
 Eu me sinto como alguém insulado nesta vida
 E a solidão como sombra infinita e constante
 Faz-me pensar até na morte, como única saída
 
 Tu que és mais forte que eu, oh! natureza
 Faz-me sentir no fundo do abismo, de tristeza
 Invejo-te pelas grandes forças destruidoras
 
 E neste tédio que vai me matando ao poucos
 Posso até entender a razão de alguns loucos
 Que prejudicam o povo com armas opressoras
 
 jmd/Maringá, 21.10.09
 
 
 
 
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