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Opressões

 
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Opressões

Ouço em alta madrugada o vento da procela
Que bate violentamente em rajadas de fúria
E a chuva a escorrer pelo vitraux da janela
Como um rumor de choro, uma vós de lamúria

Neste meu quarto modesto, aqui tão distante
Eu me sinto como alguém insulado nesta vida
E a solidão como sombra infinita e constante
Faz-me pensar até na morte, como única saída

Tu que és mais forte que eu, oh! natureza
Faz-me sentir no fundo do abismo, de tristeza
Invejo-te pelas grandes forças destruidoras

E neste tédio que vai me matando ao poucos
Posso até entender a razão de alguns loucos
Que prejudicam o povo com armas opressoras

jmd/Maringá, 21.10.09




verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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