SEM INTEROGAÇÕES.

Data 02/01/2010 21:24:58 | Tópico: Textos

Quem sabe se um dia passe as chuvas cortadas no passeio defronta à janela onde sento a metafísica de todas as equações, plantadas num vaso que mergulhei no incenso difuso do meu sentir.
Pensar? Que interessa o que penso tão pouco onde me levam as minhas palavras, pois saem das veias que correm na vida da minha portada.
Deito na cama o cordel da nascença e embrulho-o no papel pardo que me deram como encomenda, na repartição de todos os sentidos.
Ando? Ando por onde me levam os passos, sem telhados de pedras inflexionadas na prosa que me acolhe a noite.
Depois de tudo escrever, sem reler o pensar e o andar,ato os olhos ao mistério da galáxia que fica mesmo virar da minha casa e mergulho as estrelas na jarra que me deu a minha avó.

Eduarda


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