Luso-Poemas
 
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SEM INTEROGAÇÕES.

 
Quem sabe se um dia passe as chuvas cortadas no passeio defronta à janela onde sento a metafísica de todas as equações, plantadas num vaso que mergulhei no incenso difuso do meu sentir.
Pensar? Que interessa o que penso tão pouco onde me levam as minhas palavras, pois saem das veias que correm na vida da minha portada.
Deito na cama o cordel da nascença e embrulho-o no papel pardo que me deram como encomenda, na repartição de todos os sentidos.
Ando? Ando por onde me levam os passos, sem telhados de pedras inflexionadas na prosa que me acolhe a noite.
Depois de tudo escrever, sem reler o pensar e o andar,ato os olhos ao mistério da galáxia que fica mesmo virar da minha casa e mergulho as estrelas na jarra que me deu a minha avó.

Eduarda





 
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eduardas
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A Volta ao Mundo
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Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 02/01/2010 23:55  Atualizado: 02/01/2010 23:55
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: SEM INTEROGAÇÕES.
aqui está uma bela prosa que contém o andar entre o presente e o passado sem direcção alguma.
belo

abraço
MG


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 03/01/2010 00:11  Atualizado: 03/01/2010 00:11
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 19295
 Re: SEM INTEROGAÇÕES.
Uma bela prosa mesmo, com imagens perfeitas.
Feliz 2010, bj


Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 03/01/2010 00:16  Atualizado: 03/01/2010 00:16
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4563
 Re: SEM INTEROGAÇÕES.
Olá Eduarda,

Um texto magnifico, entre o passado
e o presente.
Gostei de ler.
Beijo
Antonieta

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