Andando por charnecas sempre escuras,

Data 06/01/2010 14:23:53 | Tópico: Sonetos

Andando por charnecas sempre escuras,
Nos pântanos, a sorte se lançou,
E as mãos que procuraram por ternuras,
O tempo sem querer nada deixou,
As horas se entregando em amarguras,
Amar foi tudo aquilo em que pensou,

Porém a vida volta e se revela
Desnuda sem a máscara; é vazia,
Nas mãos de tantas cores, aquarela,
Nos olhos a saudade queima; fria.
E tudo se resume nesta tela
Aonde esta beleza se esvaia...

Querer e não poder seguir adiante,
Passado inda presente e delirante...

Marcos Loures



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