Falece este poema

Data 23/01/2010 22:33:14 | Tópico: Poemas -> Reflexão














Este poema respira agónico
nas mãos mortiças da doce poesia
os pontos e as vírgulas são pranto,
que alagam a alma do poeta,
deste poeta
para quem as palavras
são,
pedaços da alma
fragmentada
vertendo em sílabas
pinceladas de desalento e cansaço,
fixam-se ao escrito
ávido de brava poesia

Nas construções vislumbram-se
desconexos alinhamentos
visuais críticos
e nas metáforas berram-se
o desencanto fugaz
de uma inspiração perdida
algures no caminho do poeta
desiludido.

Falece este poema
mas não se sente só
porque
ao seu lado permanecerá
sempre
a doce poesia

Escrito a 23/01/10



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