
Para o Poeta Xavier Zarco
Data 24/01/2010 14:10:04 | Tópico: Poemas
| cada um desespera por cobrir as ôcas cavidades de asas que no seu interior lhes abre voos até perderem a sua última pena. arrancam das suas sombras o fervor de um pranto que se transforma em labareda. e não obstante o acaso avançam sem medo pois sabem que não podem apoiar-se no cotovelo nem encubrir.se no jogo falaz das mordomias.
por vezes (uns) no desespero por cobrir as ôcas cavidades das asas sentem o estalar entre os dedos para errar num ideal ou descobrir a morte.
por vezes (uns) no desespero por cobrir as ôcas cavidades das asas fumam cohiba à sombra da bananeira bebem uma qualquer bebida (vinte anos) destilada untam-se de caviar, tal como manda a tradição.
e prosseguem amontoados procuram-se caiem e sonham enquanto o tempo escasso denigra-os, desembocam sem tréguas na quietude fachada e de pronto se convertem na breve mentira de terem voado.
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