Ai! o Amor, o Amor

Data 28/01/2010 14:00:10 | Tópico: Poemas

A quem amei, a quem vou amar, a quem nunca amei

estas palavras de amor são comuns ao pé de ti
são vulgares como eu
são feitas com as mãos cheias de água.

às vezes é insuportável a inépcia líquida do amor…

carnoso
indizível
está à nossa frente
tocámos-lhe com as mãos
e não lhe chegámos, mesmo quando trocámos.

confuso?

por exemplo:
como se mede a largura do peito?
quanto custa a sua sabedoria?
como se adivinha o desejo mais próximo?
quantas mentiras se cometem em confidência?

seria tão fácil, tão fácil se seguíssemos o rumo da saliva
descortinássemos a luz por trás do amor a entrar,
além do próprio engodo aportar, nós os profanadores!

ouvirá o amor o que não dizemos?



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