ACÉDIA
Data 06/02/2010 13:46:36 | Tópico: Poemas
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Poema de Sersank Kojn
“Não sou nada Nunca serei nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo...” FERNANDO PESSOA (“Tabacaria”)
Queria, esta noite, embrenhar-me na bruma que envolve as cidades longe, a luzir...
Como o urutau, mãe-da-lua, monarca indigente, à cata de estrelas ou de vaga-lumes; razão mais nenhuma, alçar-me... sumir...
Queria romper a cortina da noite, de vez adentrar-me, na bruma longínqua do incerto porvir...
Como a ave impoluta, senhora da noite, alçar-me, expandir-me e, p’ra sempre, sumir...
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