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ACÉDIA

 
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ACÉDIA
 
ACÉDIA

Poema de Sersank Kojn


“Não sou nada
Nunca serei nada.
À parte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo...”
FERNANDO PESSOA (“Tabacaria”)


Queria, esta noite,
embrenhar-me na bruma
que envolve as cidades
longe, a luzir...

Como o urutau, mãe-da-lua,
monarca indigente,
à cata de estrelas
ou de vaga-lumes;
razão mais nenhuma,
alçar-me... sumir...

Queria romper
a cortina da noite,
de vez adentrar-me,
na bruma longínqua
do incerto porvir...

Como a ave impoluta,
senhora da noite,
alçar-me, expandir-me
e, p’ra sempre, sumir...


(Direitos autorais registrados e protegidos por lei)


Sergio de Sersank
Visitem meu blog literário "Estado de Espírito"
http://sersank.blogspot.com

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Sergio de Sersank
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/02/2010 16:49  Atualizado: 13/02/2010 16:49
 Re: ACÉDIA
Sem dúvida. Lindo e total...

HELDER DUARTE