Arte Do Medo

Data 02/03/2010 17:28:08 | Tópico: Poemas

No meio
De certo modo no meio
De tons acinzentados
A luz calmamente desvanece
O controlo ansiosamente se enriquece
É o principio de tudo
De todos os presságios diários
O tempo torna-se irrelevante
E nada pára
Situa-se no meio
De certo modo no meio
De tons acinzentados
No meio de tempo perdido
As cartas estão lançadas
O espelho quebra-se
O silêncio descansa
A indiferença instala-se
Peripécias através de mecanismos invisivéis
No meio
De certo modo no meio
De tons acinzentados
E de tempo perdido
Imagens que provocam reacções
Reacções que limitam o ser
Fronteiras estabelecem-se
Conformismo alimenta-se
Dependência de algo que não se necessita
Torna-se o combustivél da mente
E assim começa a arte do medo.



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