
tal como as cidades
Data 30/03/2010 15:19:43 | Tópico: Poemas
| Para quem não acredita, Hoje sento-me no pouf Castanho, confortável e fumo um joint Na varanda do segundo andar Num prédio que apenas tem três andares
Observo a cidade que lentamente Estende os pés e Depois os braços Na cama das ruas, no asfalto, na calçada antiga cidade que tem luzes como cobertor
Ouço Uma musica de fundo . yann tiersen -moulin Vinda do computador pelas colunas emprestadas por Um amigo -um bom amigo (só as colunas são emprestadas)
Penso neste momento em nada pensar E logo esta notícia percorre todo o pensamento.
Para quem não compreende Todo este processo facultativo, Pensar para mim, é um acaso lançado à infertilidade do raciocínio claro que, separar as aparências mentais possivelmente transfiguradas em grandes e lentas passas no joint é um gesto minuciosamente pensado o que me leva a vários fantasmas e eu tenho-os, o bastante para constituir uma sociedade catedrática de atitudes morais, de aspirações abonatórias com nivelamento aceitável.
Devido a este pensamento não pensado O joint apaga-se mais uma vez O que me leva a constatar que o movimento gestual praticado pelo isqueiro é útil para afastar outros pensamentos menos estruturais ao domínio absolutamente inútil.
Quem me diz Que a chama do isqueiro Não causa desprezo aos lábios devidamente ásperos Pela ligeira corrente de ar que se faz sentir
Lembro que são três horas da manhã, Sendo ainda assim que o relógio encontra-se atrasado uns quantos minutos
e por falar nisso… deixarei para mais tarde o resto do que falta fumar, também eu sou como as cidades.
http://www.youtube.com/watch?v=Hm0g5trWV9c
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