Quantas e quantas vezes pisado, cuspido, escarrado, discriminado. E nem se dão conta das viagens em que parti no "martelo agalopado".
Eu vi os olhos brilharem no meio da multidão, vi os dias que se passaram como um raio e os dias amargos que virão. Não sou visionário, não sou profeta... Quem me seguir será apedrejado nas esquinas turvas do amor e da paixão.
Já provei da maçã do pecado, Já consumi o corpo de Cristo, no meu templo empoeirado, Fui salvo em um breve momento. No dia seguinte, estava eu novamente comendo da maçã...
Quantas e quantas vezes apontado, tal como louco com idéias loucas, por não aceitar, assim, o estado das coisas flutuando diante de meus olhos míopes cansados.
Sou pobre, mas minha fome de vitória, quase nula, é voraz.
Ha, ha, ha, ha, ha, ha!!!
Eu e meu mocambo de idéias mal formuladas, mal trabalhadas, incompreendidas como sombras inacabadas... O que faço, apenas por fazer, faço não por mim, não pelo mundo e nem por você. Faço porque sou louco, faço porque sou pobre. Porque os pobres de matéria e de espírito são ricos nos versos de agouro.
Poesia de Romulo Narducci.
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