De Dia Eu Sempre Morria

Data 07/04/2010 07:17:48 | Tópico: Poemas

De dia eu sempre morria
e de noite, nas sombras misteriosas,
nas luzes foscas das esquinas,
nos ventres das prostitutas roliças,
de vez em quando eu renascia.
De dia o meu antro adormece.
Movimentos Rápidos dos Olhos.
Meu corpo dança na mente,
respiro mas faleço minha carne,
Morfeu me abraça e me pede uma prece.
De dia eu materializo a dor.
A dor que consome a vida,
que devora os sonhos
dos que a noite desprezam,
por não serem como eu:
um pobre sonhador.


Rio de Janeiro, 2002.



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