Poemas : 

De Dia Eu Sempre Morria

 
De dia eu sempre morria
e de noite, nas sombras misteriosas,
nas luzes foscas das esquinas,
nos ventres das prostitutas roliças,
de vez em quando eu renascia.
De dia o meu antro adormece.
Movimentos Rápidos dos Olhos.
Meu corpo dança na mente,
respiro mas faleço minha carne,
Morfeu me abraça e me pede uma prece.
De dia eu materializo a dor.
A dor que consome a vida,
que devora os sonhos
dos que a noite desprezam,
por não serem como eu:
um pobre sonhador.


Rio de Janeiro, 2002.

 
Autor
RomuloNarducci
 
Texto
Data
Leituras
625
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 07/04/2010 12:23  Atualizado: 07/04/2010 12:23
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: De Dia Eu Sempre Morria
Tenho lido o que escreve
e confesso que gosto da
forma como se expressa.
Hoje apeteceu-me dizer-lhe.
Tudo de bom para si.
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 07/04/2010 17:15  Atualizado: 07/04/2010 17:15
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: De Dia Eu Sempre Morria
Muito bom o poema,
os extremos íntimos à flor da pele. Gostei muito.
Um abraço.